Estamos vivendo a Semana Santa, a semana maior para todo Cristão, porque encontramos a redenção maior para todos nós seus filhos, e grande e nos olhos e devoção também se volta para Nossa Senhora das Dores, sua mãe Santíssima. Maria participou ativamente da redenção de Cristo, por isso queremos convidar para que durante essa semana possamos meditar as Dores de Maria, e crer em sua intercessão em nossas vidas. Hoje vamos refletir a Segunda Dor de Maria.

Rezemos juntos:

Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, amém.

Nossa proteção esta no nome do Senhor!

+ Que fez o céu e a terra

Ouvi Senhor a minha oração!

+ E chegue até vós o meu clamor

Meditemos juntos a segunda dor de Maria

A FUGA PARA O EGITO

Hoje entramos no mistério da segunda dor de Maria. Ferida pelo caçador, aonde vai, leva a corça consigo a sua dor: carregando no corpo a seta cruel. Assim também Maria, depois do anúncio profético de S. Simeão, levou consigo a dor, que consistia na contínua memória da Paixão do Filho.

Herodes, mal soube da notícia que o Messias, havia nascido, com medo de que lhe usurpasse o trono, ordena que todos os meninos fossem mortos. São José, recebe então a ordem: “Pegue o menino e sua mãe e foge para o Egito”. O coração de Maria nesse momento se encontra aflito “Ó Deus, disse então Maria (como contempla S. Alberto Magno), assim deve fugir dos homens aquele que veio para salvá-los?  Maria fora condenada a viver em exílio para que o plano de salvação acontecesse em nossa história. Hoje somos convidados assim como Nossa Senhora a entender o que representa dentro de minha história de vida, essa entrega e também este exílio que vivemos.

Rogamos à Deus sempre pedindo que cure o nosso coração, que cure as feridas que durante uma vida, se formaram, porém não somos capazes de fugir. Capazes de pegar as malas e subir em um jumentinho e deixar para traz tudo o que não traz a santidade, todos os pecados, a falta de perdão. Assim como Maria sofreu em largar sua casa, todo o sofrimento da viagem com Jesus recém-nascido, nos fazemos de vítimas que tudo sofre e ninguém derrama um olhar de misericórdia, nem mesmo Deus.

Precisa-se entender que a cura interior, que o perdão, que o simples ato de amar se dá através de uma decisão, e essa decisão implica em muitas renúncias, sair do comodismo para viver em plena santidade, em pleno amor e comunhão com Deus.  É entrar dentro si para enxergar o Herodes que há dentro do coração humano que deseja ardentemente matar o Menino Jesus que acompanha-o a todo instante. Quando nos aprofundamos nas dores Maria, podemos ver quanto as nossas dores são insignificantes perto do que a nossa Mãe viveu. Quando rezamos o terço das dores de Maria, conseguimos sentir o amor de Jesus e Maria.

Jesus e Maria passaram pelo mundo como fugitivos. Eis aí uma lição para nós. Temos de viver na terra como peregrinos, sem apegos aos bens que o mundo nos oferece. Pois depressa teremos de deixá-los para passarmos à eternidade. “Não temos aqui cidade permanente, mas procuramos a futura” (Hb 13, 14). Muitos são os momentos em que nós temos apego às dores, aos problemas, murmuramos sempre, lamentamos a todo instante a cura que já aconteceu, porém nosso coração está tão repleto de egoísmo que não vivo a graça que Deus derramou em minha vida.

Convido você a fazer esta oração com muita fé clamando a Nossa Senhora.

ORAÇÃO

Assim, pois, ó Maria, nem depois de Vosso Filho ter sido imolado pelos homens, que O perseguiram até à morte, cessaram esses ingratos de persegui-lO com seus pecados, e de afligir-Vos, ó Mãe dolorosa? E eu mesmo, ó meu Deus, não tenho sido um desses ingratos? Ah! minha Mãe dulcíssima, impetrai-me lágrimas para chorar tanta ingratidão. E pelas muitas penas que sofrestes na viagem para o Egito, assisti-me com Vosso auxílio na viagem que estou fazendo para a eternidade, afim de que possa um dia ir amar conVosco meu Salvador perseguido, na pátria dos bem-aventurados. Amém.

Rezemos o Santo Terço de Nossa Senhora das Dores.