“Reze, espere e não se preocupe. Deus é misericórdia e ouvirá sua oração.”

Um santo é sempre uma profecia para a Igreja e para a humanidade. A vida e as obras de alguns destes santos foram tão magníficas, que são incontáveis as referências bibliográficas que contam os seus feitos. Um desses exemplos especiais, sem dúvida, é o grande Padre Pio de Pietrelcina. Ele foi um magnífico sacerdote católico, natural da Itália
e membro da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos.

Esse gigante foi canonizado em 2002, durante o pontificado de outro gigante, que muitos de nós tivemos a graça de
conhecer: o Papa João Paulo II. São Pio nasceu na cidade que se consolidou quase como um sobrenome para ele,
Pietrelcina. A data de seu nascimento é 25 de maio de 1887. Filho de Grazio Forgione e de Maria Giuseppa de Nunzio. Seus pais, um casal temente a Deus, batizaram-no um dia após seu nascimento, dando-lhe o nome de Francisco Forgione.

O despertar vocacional

Ele foi educado na fé desde jovem, recebendo o sacramento da Crisma e a Primeira Comunhão aos 12 anos de idade. Desde de pequenino, manifestou muito interesse pelas coisas de Deus. Um de seus assuntos preferidos na infância era sobre seu anjo da guarda. Estava sempre presente nas missas e nas orações familiares. No dia 6 de janeiro
de 1903, tendo então 16 anos, foi acolhido no noviciado da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos, em Morcone. Recebeu o hábito franciscano no dia 22 do mesmo mês e, como era costume na congregação, recebeu um novo nome e passou a ser chamado Frei Pio.

Terminado o ano de noviciado, fez a profissão dos votos simples e no dia 27 de janeiro de 1907, a dos votos perpétuos e solenes. Depois da Ordenação Sacerdotal, recebida no dia 10 de agosto de 1910, em Benevento, ficou com sua família até 1916, por motivos de saúde.

Ardor apostólico de um profundo mestre de almas

Em setembro desse mesmo ano, foi mandado para o convento de sua congregação em São Giovanni Rotondo. O momento mais pleno de seus trabalhos apostólicos era a celebração da Eucaristia. Os fiéis participantes desse momento de graça eram mergulhados na profundidade da vida espiritual desse servo. Padre Pio dedicou-se integralmente ao seu ministério sacerdotal, sobremaneira, ao sacramento da Confissão.

Ali empenhava todo o seu ser, buscando o alívio dos sofrimentos de seus fiéis. A média de sua atuação no confessionário era de 14 horas por dia. Sua relação com Deus era tanto profunda e espiritual quanto encarnada na vida. Nunca descuidou da caridade, encabeçando programas sociais e esforçando-se em proporcionar alívio aos sofrimentos e misérias de tantas famílias. Entre suas obras, a principal foi a fundação da Casa Sollievo della Sofferenza (Casa Alívio do Sofrimento). Esta foi inaugurada no dia 5 de maio de 1956 e tornou-se referência em toda a Europa.

Dons magníficos e grandes sinais de uma oferta de vida consumada

O próprio Padre Pio relatou por meio de cartas, o misterioso dom que Deus lhe deu: o fenômeno dos estigmas de Cristo. Durante anos e anos, ele foi literalmente estudado e estudado por diversos médicos, entre eles, o Dr. Giorgio Festa, um dos mais renomados médicos de Roma. No começo, Dr. Giorgio era agnóstico, depois, tornou-se filho
espiritual de Frei Pio. Ele atestou como legítimos os fenômenos que presenciou, fazendo pronunciamentos tão seguros, que colocou a própria reputação profissional em jogo.

Disse Dr. Giorgio: “Do lado esquerdo do tórax, há um ferimento em feitio de cruz (…) Nessa região não se verifica o menor vestígio de infecção, edema ou inflamação da pele que circunda o ferimento. Essas feridas, com suas estranhas características anatômicas e patológicas, mais a constância com que vertem sangue vivo e perfumado, estão localizadas em pontos de seu corpo que correspondem às chagas do Corpo de Nosso
Senhor Jesus Cristo”.

Esse fiel servo de Deus fez sua páscoa no Convento de São Giovanni Rotondo, Itália, no dia 23 de setembro de 1968, confiando-se mais intensamente a São José, como padroeiro da boa morte, nos dois meses que antecederam sua entrada no céu. Os seus confrades relataram que havia um clima de silêncio e piedade diferenciado no convento
naquele tempo, algo tão maravilhoso, que era seguramente sobrenatural.

Nos anos que se seguiram à sua morte, a sua fama de santidade, assim como os milagres, foram crescendo. Em pouco tempo, sua ordem religiosa começou a empreender os passos formais da lei canónica, iniciando assim seu processo de beatificação e canonização.

Assim, no dia 2 de maio de 1999, numa solene Celebração Eucarística na Praça de São Pedro, o Papa João Paulo II declarou-o Beato. Pouco mais de dois anos depois, no dia 26 de fevereiro de 2002, foi promulgado o decreto de sua
canonização.

Confiemos a São Pe. Pio, nossa graça especial para este dia e diga com fé: São Pio de Pietrelcina, rogai por nós!

Artigo originalmente publicado em Comunidade Shalom. Acesso em 18/04/22 às 14h17